segunda-feira, 24 de setembro de 2012

MAIS UM PARA A ALCATÉIA

A alcatéia tem mais um novo membro, seja bem vindo JONATAN ISRAEL QUADROS.

domingo, 16 de setembro de 2012

Paixões políticas não me seduzem, fatos reais sim.

Magdala Domingues Costa Essa “gente estranha” que o Sebastião Neri malha diariamente e sempre atribui toda a sorte de indignidades, infortúnios do Brasil, mas em recente crônica, por milagre, reconhece a honestidade, essa “gente estranha” cultua valores muito exóticos, bem distante dos cânones dos “heróis” ilibados, salvadores da pátria, com seus mensalões e táticas de messianismo, que justificam “meter à vontade a mão em matéria fecal” para “fazer justiça social”, governar bem e lançar o Brasil no cenário internacional como sétima economia do mundo etc.
Nada a ver com heróis de armas na mão, cometendo atentados a bomba em aeroportos, assaltando cofres, esmagando crânios, anjos de candura de flores sempre nas mãos, traindo o Brasil, buscando instruções/inspiração no paraíso humanista caribenho, ou no magnânimo Mao Tse Tung, ou ainda na doçura soviética de Stalin, cujas cifras de mortos nunca foram devidamente calculadas. A respeito do educador Paulo Freire, ocorre-me uma lembrança antiga, muuuito antiga. Recebendo recrutas, um tenente recém- saído da AMAN foi servir em Pernambuco e em seguida no Rio Grande do Norte, percorrendo também, por imposição de ofício, rincões muito atrasados. Às vezes teve de recorrer ao lombo de burro…( não dispunha de AeroLula). Pois bem, a primeira surpresa com que se deparou foi a necessidade de ensinar aos jovens recrutados, os rudimentos de como tomar banho e fazer a higiene íntima… Em outra unidade houve problemas com o uso de papel higiênico, acredite. Depois de findo o rolo de papel, os pauzinhos desapareciam… Obviamente foram tempos anteriores ao dom Sebastião de Garanhuns… Poderia citar várias outras situações encontradas, especialmente no nordeste dos nababos Sarney, Magalhães, Collor de Melo, Alves, Calheiros etc., mas fica essa amostra apenas. ### PAÍS DESIGUAL Continuamos um país desigual, e essa condição ainda perdurará por muito tempo, até que nossos garbosos dirigentes aprendam a “não misturar os bolsos” e compreendam que furtar é crime, sobretudo dinheiro público, que significa sentença de morte em hospitais onde faltam leitos e em escolas que ensinam ao “ar livre” por falta de prédios para abrigar os pobres alunos. “Essa gente estranha”, salvo raríssimas exceções, que fogem completamente à regra, aprendem a conhecer verdadeiramente e amar seu país, honrar seus símbolos, cumprir as missões que recebem a despeito das opiniões da “grande imprensa” que costuma ser parcial e leviana, como se sabe, e as provas estão à vista. O período decantado em prosa e verso de tantas atrocidades, foi uma exceção, com tudo de condenável, mas evitou que hoje recebêssemos ajuda humanitária dos EUA (jornais internacionais), nossos heróis esportivos desertassem à primeira oportunidade, a existência de balseros em busca da liberdade e a humilhante situação de receber esmolas de vizinhos (Venezuela). Os “despojados” de ambição hoje no poder se locupletam à vontade, grande parte “misturando os bolsos” e nossos dirigentes tratam-se no “maior hospital da América do Sul”, não precisam de sair do país para recuperar a saúde e nem recorrer ao SUS. A profissão dessa “gente estranha” inclui remoções constantes obrigando-as a adaptações às mais diversas condições sem reclamar. Consideram-se sempre em missão. Não sei se o senhor viu o que aconteceu com o aeroporto de Guarulhos/ São Paulo, “a maior cidade da América do Sul”, cujas obras de reforma entregues ao Exército Brasileiro foram concluídas antes do prazo previsto e devolvidos aos cofres públicos o excedente numerário: 150 milhões. O valor estimado fora de 430 milhões, mas o gasto somou “apenas” 280 milhões… ### “GENTE ESTRANHA” “Essa gente estranha” vive com o que ganha, apesar das distorções bastante conhecidas em seus soldos, comparando-se sua formação com outros magnatas do serviço público (que entram pela janela ou apadrinhamento) que não estão sujeitos a dedicação exclusiva e não são obrigados a ser removidos para qualquer ponto do Brasil, conforme os superiores na escala hierárquica o decidam, sem importar problemas pessoais tais como a educação dos filhos, o emprego da mulher etc. Quem está no topo da hierarquia, até os mais insensíveis, sabem que os cargos que ocupam são temporários, como ocorre no caso citado do General Otavio Medeiros. Não se deslumbram porque seus valores morais estão impressos em sua alma e seu grito de guerra é: Brasil Sempre!! Aplausos para a coragem de Neri ao fazer justiça a quem de direito. Outrossim, vale lembrar, os governos militares poderiam ter enchido os contracheques dos comandados de benesses e penduricalhos – qualquer semelhança com o Congresso Nacional é mera coincidência — mas nem pensaram nisso, assim os chefes da época continuam a viver com os vencimentos corrigidos ao sabor dos governantes, submetidos aos humores do revanchismo. Convenhamos, é uma gente muito estranha e que não sabe mesmo “misturar os bolsos”. Ao contrário de Apeles (muito mal citado pelo douto Lewandowski), não passo das sandálias. Falo sobre o que conheço e paixões políticas não me seduzem, fatos reais sim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A prótese do PT no Supremo

Guilherme Fiuza Os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli são a prova viva de que a revolução companheira triunfará. Dois advogados medíocres, cultivados à sombra do poder petista para chegar onde chegaram, eles ainda poderão render a Luiz Inácio da Silva o Nobel de Química: possivelmente seja o primeiro caso comprovado de juízes de laboratório. No julgamento do mensalão, a atuação das duas criaturas do PT vem provar, ao vivo, que o Brasil não precisa ter a menor inveja do chavismo.
yugww Batman e Robin? Alguns inocentes chegaram a acreditar que Dias Toffoli se declararia impedido de votar no processo do mensalão, por ter advogado para o PT durante anos a fio. Participar do julgamento seria muita cara de pau, dizia-se nos bastidores. Ora, essa é justamente a especialidade da casa. Como um sujeito que só chegou à corte suprema para obedecer a um partido iria, na hora h, abandonar sua missão fisiológica? A desinibição do companheiro não é pouca. Quando se deu o escândalo do mensalão, Dias Toffoli era nada menos do que subchefe da assessoria jurídica de José Dirceu na Casa Civil. Os empréstimos fictícios e contratos fantasmas pilotados por Marcos Valério, que segundo o processo eram coordenados exatamente da Casa Civil, estavam portanto sob as barbas bolivarianas de Dias Toffoli. O ministro está julgando um processo no qual poderia até ser réu. A desenvoltura da dupla Lewandowski-Toffoli, com seus cochichos em plenário e votos certeiros, como na absolvição ao companheiro condenado João Paulo Cunha, deixariam Hugo Chávez babando de inveja. O ditador democrata da Venezuela nem precisa disso, mas quem não gostaria de ter em casa juízes de estimação? A cena dos dois ministros teleguiados conchavando na corte pela causa petista, como super-heróis partidários debaixo de suas capas pretas, não deixa dúvidas: é a dupla Batman e Robin do fisiologismo. Santa desfaçatez. Já que o aparelhamento das instituições é inevitável, e que um dia seremos todos julgados por juízes de estrelinha na lapela, será que não dava para o estado-maior petista dar uma caprichada na escolha dos interventores? Seria coincidência, ou esses funcionários da revolução têm como pré-requisito a mediocridade? NADA DE CONCURSOS Como se sabe, antes da varinha de condão de Dirceu, Dias Toffoli tentou ser juiz duas vezes em São Paulo e foi reprovado em ambas. Aí sua veia revolucionária foi descoberta e ele não precisou mais entrar em concursos – essa instituição pequeno-burguesa que só serve para atrasar os visionários. Graças ao petismo, Toffoli foi ser procurador no Amapá, e depois de advogar em campanhas eleitorais do partido alçou voo à Advocacia-Geral da União – porque lealdade não tem preço e o Estado são eles. É claro que uma carreira brilhante dessas tinha que acabar no Supremo Tribunal Federal. O advogado Lewandowski vivia de empregos na máquina municipal de São Bernardo do Campo. Aqui, um parêntese: está provado que as máquinas administrativas loteadas politicamente têm o poder de transformar militantes medíocres em grandes personalidades nacionais – como comprova a carreira igualmente impressionante de Dilma Rousseff. Lewandowski virou juiz com uma mãozinha do doutor Márcio Thomaz Bastos, ex-advogado de Carlinhos Cachoeira, que enxergou o potencial do amigo da família de Marisa Letícia, esposa do bacharel Luiz Inácio. Desembargador obscuro, sem nenhum acórdão digno de citação em processos relevantes, Lewandowski reuniu portanto as credenciais exatas para ocupar uma cadeira na mais alta esfera da Justiça brasileira. Suas diversas manobras para tumultuar o julgamento do mensalão enchem de orgulho seus padrinhos. A estratégia de fuzilar o cachorro morto Marcos Valério, para depois parecer independente ao inocentar o mensaleiro João Paulo, certamente passará à antologia do Supremo – como um marco da nova Justiça com prótese partidária. O julgamento prossegue, e os juízes do PT no STF sabem que o que está em jogo é a integridade (sic) do esquema de revezamento Lula-Dilma no Planalto. Dependendo da quantidade de cabeças cortadas, a platéia pode começar a sentir o cheiro dos subterrâneos da hegemonia petista. Batman e Robin darão o melhor de si. Olho neles. (Transcrito da revista Época)