terça-feira, 25 de dezembro de 2012

HOMENAGEM DE UMA BANDA COREANA A LUIZ GONZAGA

FELIZ NATAL PARA TODOS DA ALCATÉIA

A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Diário da Dilma: Bobagem faz quem espirra na farofa

PUBLICADO NA EDIÇÃO DE DEZEMBRO DA REVISTA PIAUÍ
1° DE NOVEMBRO ─ Depois do Haddad, o segundo prefeito eleito que recebo é o de… Niterói. Niterói! Ainda dizem que o PT se saiu bem nessas eleições. 2 DE NOVEMBRO ─ Dia de Finados. Mandei flores para a casa do Serra. Dilminha está espirituosa. O corretor automático do Word mandou trocar Dilminha oir “Diplominha”. E as pessoas ainda se perguntam porque a Microsoft perdeu a liderança para a Apple e o Google. 4 DE NOVEMBRO ─ Alguém me explica esse sistema eleitoral americano? Mamãe e a Gleisi até tentaram, mas é evidente que não sabem o que falam. A Ideli, que não perde uma boa oportunidade de ficar calada, me apareceu aqui no Alvorada com um datashow. Disse que leu a Wikipédia e compreendeu tudo. No terceiro slide, mandei-a para fora. Desde quando o brasileiro com mais de cinco idas a Orlando tem direito a um voto no colégio eleitoral? O jeito foi apelar para Patriota. O problema é que não pesco metade das coisas que ele diz. “A maturidade me deu uma adequação, uma maneira de ver a vida sem perder o entusiasmo”, disse Claudia Raia ao jornal O Dia. Achei precioso. 5 DE NOVEMBRO ─ Cerimônia da Ordem do Mérito Cultural. Outra chatice. Ao menos tirei uma foto com Dona Nenê. O Sarney saiu de papagaio de pirata. Digam o que quiserem, mas ninguém se materializa como ele. O homem é o Mozart da aparição pública. 6 DE NOVEMBRO ─ Reunião com o Lula seguida de jantar com o PMDB. Essas coisas ninguém diz quando vem perguntar se você quer concorrer à Presidência. Cheguei em casa atordoada. Ô troço chato! Se o Exército prestasse, mandava disparar uns mísseis contra Buenos Aires só para desanuviar. 7 DE NOVEMBRO ─ Que inveja da Michelle! Ando meio suspirosa, me sentindo sozinha esse palácio, e aparece ela, com aquele braço e cinturinha fina, abraçando o Obama daquele jeito! Deixei até escapar uma lágrima furtiva! Fiquei com aquela música na cabeça: “Como vai você/ que já modificou a minha vida/ razão da minha paz já esquecida…” A Ideli está decepcionadíssima com o resultado da eleição. Ela estava doidinha para ser apresentada ao Romney. Achava que, com o vestidinho certo, tinha chance, a sirigaita! 9 DE NOVEMBRO ─ Esse assunto dos royalties já não estava encerrado? Não estou entendo mais nada. Se o Cabral vier reclamar, ponho um guardanapo na cabeça e nem gasto verbo. Faz bobagem quem espirra na farofa. Gleisi me deu uma bolsa fluo laranja. Disse que é o hit do verão e que vai acender meu look monocromático. É importante estar cercada das pessoas certas. 10 DE NOVEMBRO ─ Acordei outra! O Patriota me avisou que vou para a Espanha! Adoro, adoro, adoro! Sou louca por aqueles leitõezinhos, fazer compras no El Corte Inglés, tomar uma sangria. É tudo de bom! Sei que eles estão numa pindura danada, coitados, mas o que eu posso fazer? De repente até consigo um apartamentinho em conta… 11 DE NOVEMBRO ─ Hum, acordei num bad hair day! Não há escova que dê jeito! Dane-se! Vou trabalhar de pijama. Se emperiquitar toda para encontrar o Guido?! Só vale o esforço quando a agenda prevê discussões sobre os graves assuntos energéticos do país. 12 DE NOVEMBRO ─ Chegou o convite para a posse do Joaquim Barbosa. Lamento, mas estarei ocupada lendo a entrevista da Christine Lagarde na Vogue. Esse pessoal não tem mais o que fazer. Querem tirar o “Deus seja louvado” das cédulas. O pessoal da ala mais radical do PT queria trocar por “Dirceu seja libertado” e o Cabral sugeriu abrir uma licitação para ocupar o espaço com um anunciante. Que gente! 13 DE NOVEMBRO ─ Agora o Kassab vem me apoiar. Não tenho mais onde empregar tanta gente. Vou abrir uma empreiteira, uma creche, sei lá. A Lagarde diz que compra terninhos na Austin Reed, de Londres. Resistem bem a voos intercontinentais. Anotei. Questão: a que horas ela se bronzeia? A Ideli acha que ela viaja dentro de um bronzeador, feito o Drácula. Não sei. Certo é que, se continuar assim, vai ficar com pele de retirante da seca. 14 DE NOVEMBRO ─ Mudei meu perfil clandestino no Facebook para Wanda Guarani-Kaiowá. Carlos Minc curtiu. Fiquei emocionada. Ando mesmo precisando de afagos. “Ex-mai love, ex-mai love. Se botar teu amor na vitrine, ele nem vai valer 1,99.” Gaby Amarantos entende a alma feminina. 15 DE NOVEMBRO ─ Entrou um mosquito do tamanho de um pombo aqui no palácio. Mamãe queria matar. Pedi para o segurança cobrir com um paninho e jogá-lo fora. Jantei queijo de cabra com espinafre. 17 DE NOVEMBRO ─ Minha prima de Belo Horizonte me ligou para dar outro toque. Diz que estou com uma postura muito ruim, deselegante mesmo. Que eu preciso aprender a sentar direito… Recomendou que eu observasse como a Cristina Lôbo cruza a perna. Fui olhar e vi que fica bom mesmo! Mas é uma ginástica! 18 DE NOVEMBRO ─ Me desapeguei das novelas. Depois de Avenida Brasil não tive mais paciência com essa Salve Jorge. Liguei a televisão e dei com uma cena de gafieira. De novo? Sou muito a favor da ascensão da classe C, mas bem que ela podia ascender só até a novela das 7, e deixar a das 8 para aquelas tramas elegantes do Leblon. Pelo menos me sobra mais tempo para ler esses tais Tons de Cinza. Nunca soube que era possível fazer tanta coisa com uma gravata. 19 DE NOVEMBRO ─ “Austeridade sozinha não ajudará a Europa”, discursei na 22° Cúpula Ibero-Americana. Quem é que dá lição ao Primeiro Mundo? Quem? O rei Juan Carlos me mostrou o palácio. Pela primeira vez em não sei quanto tempo meu coração deixou de pertencer a um só amo. La noche no quiere venir/ para que tú no vengas/ ni yo pueda ir./ Pero yo irê. Lorca. 20 DE NOVEMBRO ─ “Nenhuma pessoa neste mundo de Deus está acima dos erros e das paixões humanas”, acabei dizendo ao El País, a propósito do mensalão. Estou passional. Parto vestindo as pedras semipreciosas que Juan me ofereceu. “Tu eres la doña que dicta la moda de la mujer emergente contemporánea”, disse-me na porta do palácio, com um floreio de mão. Respondi inclinando-me para a frente, numa mesura. Funcionou para disfarçar a quase perda dos sentidos. 22 DE NOVEMBRO ─ Tive que ir à posse do Joaquim. Pegou mal o que fizemos na CPI do Cachoeira. João Santana mandou sorrir e dar tchauzinho de miss para os fotógrafos. Cadê minha capa preta? 23 DE NOVEMBRO ─ O chato do Aldo Rebelo veio me sugerir para trocar o nome dessa Black Friday para Sexta Negona. Virei de lado e desdenhei: Talk to the hand. Aproveitei para comprar um fogão e uma geladeira por um preço incrível. Zelo pelo dinheiro público é isso. 25 DE NOVEMBRO ─ Vi a Hillary, tão abatida por causa dessa confusão lá em Israel! Nem sei direito onde ela estava. O cabelo lambido, o olho empapuçado, muito velha, acabada mesmo! E olha que a gente tem a mesma idade! 26 DE NOVEMBRO ─ Dente para fora evita a comissura dos lábios. Não vou mais pôr aparelho.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Tenho 74 anos e estou cansado, diz um, genial humorista americano

Bill Cosby Exceto um breve período na década de 50, quando fiz o meu serviço militar, tenho trabalhado duro desde que eu tinha 17 anos. Trabalhava 50 horas por semana, e não caí doente em quase 40 anos. Tinha um salário razoável, mas não herdei o meu trabalho ou o meu rendimento. Eu trabalhei para chegar onde estou, e cheguei economizando muito, mas estou cansado, muito cansado. Cosby tem pena da neta… Estou cansado de que me digam que eu tenho que “distribuir a riqueza” para as pessoas que não querem trabalhar e não têm a ética de trabalho. Estou cansado de ver que o governo fica com o dinheiro que eu ganho, pela força,se necessário, e o dá a vagabundos com preguiça para ganhá-lo. Estou cansado de ler e ouvir que o Islamismo é uma “religião da paz”, quando todos os dias eu leio dezenas de histórias de homens muçulmanos a matar suas irmãs, esposas e filhas pela “honra” da sua família; de tumultos de muçulmanos sobre alguma ligeira infração; de muçulmanos a assassinar cristãos e judeus porque não são “crentes”; de muçulmanos queimando escolas para meninas; de muçulmanos apedrejando adolescentes, vítimas de estupro, até a morte, por “adultério”; de muçulmanos a mutilar o genital das meninas, tudo em nome de Alá, porque o Alcorão e a lei Sharia diz para eles o fazerem. Estou cansado de que me digam que por “tolerância para com outras culturas” devemos deixar que Arábia Saudita e outros países árabes usem o dinheiro do petróleo para financiar mesquitas e escolas madrassas islâmicas, para pregar o ódio na Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, enquanto que ninguém desses países está autorizado a fundar uma sinagoga, igreja ou escola religiosa na Arábia Saudita ou qualquer outro país árabe, para ensinar amor, tolerância e paz. Estou cansado de que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não me é permitido debater. Estou cansado de que me digam que os toxicodependentes têm uma doença, e eu tenho que ajudar no seu tratamento e pagar pelos danos que fazem. Eles procuraram sua desgraça. Nenhum germe gigante os agarrou e encheu de pó branco seus narizes nojentos, ou à força injetou porcaria em suas veias asquerosas. Estou cansado de ouvir ricos atletas, artistas e políticos de todas os partidos falarem sobre erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que eles pensam que seus únicos erros foi serem apanhados. Estou cansado de pessoas sem senso do direito, sejam elas ricas ou pobres. Estou realmente cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade por suas vidas e ações. Estou cansado de ouví-las culpar o governo e a sociedade de discriminação pelos “seus problemas.” Também estou cansado e farto de ver homens e mulheres serem repositório de pregos, pinos e tatuagens de mau gosto, tornando-se assim pessoas não-empregáveis e, por isso, reivindicando dinheiro do governo (Dos impostos pagos por quem trabalha e produz). Sim, estou muito cansado. Mas também estou feliz por ter 74 anos, porque não vou ter de ver o Mundo que essas pessoas estão criando. Mas estou triste por minha neta e os seus filhos. Graças a Deus estou no caminho de saída e não no caminho de entrada. (Artigo enviado por João Carlos Garcia Ramos)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

MINHA CELA, MINHA VIDA, do trovador gaúcho Almir Longo

O blog do jornalista Fábio Campana, baseado em Curitiba, publicou um poema do trovador gaúcho Almir Longo que merece ser reproduzido neste espaço:
MINHA CELA, MINHA VIDA O Supremo deu um basta na majestosa pandilha que andava em matilha se achando acima da lei. Protegida pelo ” rei “, ficava tudo em família! Mas desabou o castelo desses bandidos safados. Falo dos atolados na lama do mensalão, saqueadores da Nação da vergonha deserdados! Subestimaram a força dos homens de capa preta, que não usam baioneta mas não temem camarilha, pois desmontaram a quadrilha somente usando caneta. Brilhante Joaquim Barbosa! Ministro de fundamento, homem de conhecimento e do mais notável saber, não precisa nem dizer que é o grande herói do momento. Liderou toda uma equipe com firmeza e maestria, nessa nobre cirurgia feita na quadrilha inteira, pra estancar a roubalheira que há muito se promovia. Mas parte da nossa imprensa, covarde, não fala nada… , pois vem de longe comprada por verbas publicitárias, propagandas milionárias para se manter calada. O que me tapa de nojo nesse covil de falsários é ouvir os comentários de bandidos condenados se dizendo “injustiçados”: mas que bando de ordinários!!! Que a máfia não se preocupe com a chuva, sol ou com vento, pois não vai ficar ao relento, sem casa, cama e comida, pois ela será incluída num eficiente programa que oficialmente se chama: MINHA CELA, MINHA VIDA!

sábado, 17 de novembro de 2012

COTA RACIAL

Diário da Dilma: Malandro é o curupira, que só faz gol de calcanhar

PUBLICADO NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA PIAUÍ 1º DE OUTUBRO ─ Só confusão essa gente me apronta! Queria muito ter ido ao velório da Hebe. Até minha mãe queria ir comigo. Não pude e até já esqueci o que me inventaram no dia. Provavelmente um desses encontros que o Patriota me agenda com vice-ministro da bauxita do Mali. 2 DE OUTUBRO ─ Lembrei: o Mali foi na antevéspera, ontem foi comício para empurrar candidato do PT. Depois vem o Lula fazendo aquela discurseira de que o PT é povo. Um velório daqueles não se perde! Tô cheia de usar vermelho por causa desses comícios! Encomendei uns blazers bacanas de verão, laranja, azul Klein, rosa-choque, mas o Lula insiste em me botar de vermelho. Pareço um tomate. 3 DE OUTUBRO ─ Pelas saias rodadas de Evita! Que vexame esse apagão, menina! Os nossos jogadores ali, parados no escuro, com medo de assalto. Nessas horas é que dou graças a Deus de o Moreno estar nas Minas e Energia. Cada vez que o vejo, penso: ali caminha a síntese perfeita da distinção com a competência. O que impressiona é que a Cris não está nem aí. Essa mulherzinha ainda vai dar trabalho, pode escrever. Ratinho Jr. francamente. E eu simpatizava com Curitiba. 4 DE OUTUBRO ─ Que fiasco o Obama no debate! Logo ele, tão engraçadinho, tão espirituoso… Foi como se, antes de entrar no palco, ele e Serra tivessem trocado de carisma. Andaram me dizendo que ele e a Michelle estão meio assim-assim. Isso me deixou triste, eles são um casal tão bem. A Ideli não confessa, mas é louca pelo Romney. Cada vez que a tevê dá um close naquele queixo talhado a buril, ela dá uma tremelicada. É sutil, mas eu percebo. 5 DE OUTUBRO ─ Sabe onde me enfiaram agora? Na exposição de um tal de Cara-vaggio! Legal até, mas o povão está interessado nisso? Tive de fazer biquinho e cara de raciocínio, o que é péssimo para as comissuras. Vou mandar a conta do refil do botox para a União e não quero nem saber. Por falar em biquinho, deixei bem claro que meto o meu onde quero. Recado com duplo destinatário: o entojo do Serra e o espaçoso do Lula. 6 DE OUTUBRO ─ Cheguei em Porto Alegre, mas ainda não decidi em quem vou votar. Tem candidato do PT aqui? Vim mesmo pra ver Gabrielzinho, senão justificava lá de Brasília. Olha que fofura: perguntei pro Gabrielzinho em quem devia votar. “Gan-gán stái-le!” Pitchuco! Aflição de lindeza! Se ainda fosse cédula, votava no coreano gorducho. 7 DE OUTUBRO ─ Pena o Hugo Chávez não ter uma Dilminha para poder revezar um pouco. O povo acaba cansando, sabe? Haddad entrou. Raios. Lá vou eu de novo tirar do armário aquele camisolão vermelho. 8 DE OUTUBRO ─ Não foi dessa vez que ganhei o Nobel. Mas faturei o Prêmio Claudia 2012! Mandela tem? Não. Kofi Annan tem? Não. Obama tem? Não. Sorry, periferia, talk to the hand… 9 DE OUTUBRO ─ Recebi o presidente da Irlanda. Sempre fico confusa e nunca sei a diferença entre Grã-Bretanha, Reino Unido e País de Gales. Conversamos sobre o Bono, que o Patriota me soprou que é de lá. É raro, mas às vezes o Itamaraty ajuda. 10 DE OUTUBRO ─ Ainda não sei o que vou dar para o Gabrielzinho de Dia das Crianças. Um laquezinho da Turma da Mônica? Um cargo comissionado? Uma festinha temática do coreano gorducho? Presidenta tem que tomar decisões importantes o tempo todo. Exemplo: depois do ministério da Marta, vai me sobrar o Chalita. Se tivesse um ministério do Santo Terço, estava feito. 11 DE OUTUBRO ─ Hum, hum, hum… o Palocci está se fazendo de bobo e vem nas reuniões com o Lula. Já estou sentindo o tamanho da encrenca! 12 DE OUTUBRO ─ Mandei a Abin descobrir quem matou o Max. Não aguento esse suspense! Eles disseram que iam dar um jeito. “Dar um jeito…” Vê se pode! Mandei avisar: quem quebra galho é macaco gordo! Chega de improvisos! 13 DE OUTUBRO ─ “Lua minguante em Libra: mantenha distância emocional para lidar com os assuntos que surgirem no período. Ponha-se no lugar do outro. Não é hora de exageros ou atitudes radicais. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Boa lua para casar.” Mamãe assinou a revista Claudia. Tenho me sentido melhor. 14 DE OUTUBRO ─ Comentei com o pessoal na tranca sobre esse neto do Arraes. O franguinho de olho verde está colocando as manguinhas de fora! E o Lula me fez o favor de armar aquela patuscada no Recife. O homem está perdendo a mão. É por essas e outras que ele não é sequer cogitado pelo júri do Prêmio Claudia. 15 DE OUTUBRO ─ De onde foi que esse janotinha do Eduardo Paes tirou a ideia de sugerir o Cabral no lugar do Temer em 2014? Que coisa mais fora de hora! Só pela ideia, já tive de criar doze cargos para o PMDB! E vem mais por aí. O Temer quer uma vaga no STF. Ele acha que o Supremo está muito em foco, precisa do PMDB lá… 16 DE OUTUBRO ─ Hoje tem show de Caetano e Gil aqui em Brasília. Adoro os dois. Tomara que cantem as canções mais fáceis. Certa vez, numa ação, quase fiquei para trás de tão encafifada que estava com essa história de amanhecer tomate e anoitecer mamão. Quando dei por mim, a Kombi já estava arrancando e eu ali, solfejando feito uma tonta, a minutos de a tigrada chegar. 17 DE OUTUBRO ─ Tadinho do Zé Dirceu. Será que tem consulado do Equador em São Paulo? O que eram aqueles vestidos rosa chiquerérrimos das primeiras-damas americanas no debate? Elas combinaram? Estou por fora de alguma nova tendência? 18 DE OUTUBRO ─ Minha Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus! Lobão foi internado! Será que foi overdose de charme? Ou foi alergia àquela tintura “Asa da Graúna” intensidade 21? Onde está o Kalil que não atende? Deu no Twitter: parece que ele sentiu febre e mal-estar. Garanto que saiu na friagem de Manaus sem levar agasalho. Esse homem nunca pensa em si; é só trabalho, trabalho, trabalho. 19 DE OUTUBRO ─ O pessoal da Abin deixou um relatório aqui. Parece que interrogaram o João Emanuel Carneiro. Disseram que, se ele não entregasse, forçariam a Globo a transferi-lo para Malhação. Fizeram bem. Estou com o nome. Só para garantir, mandei a Helena confirmar com o Octávio Florisbal. Como era caso consumado, ele não só confirmou como fará a gentileza de me mandar o capítulo para a Bahia. Vou assistir antes do comício; dependendo do clima, incendeio a militância revelando o nome ali mesmo. 21 DE OUTUBRO ─ Daqui a pouco esse Joaquim Barbosa me alcança em popularidade. O homem vai ganhar uma estátua em Higienópolis. Ele soube aproveitar o momento: malandro é o curupira, que só faz gol de calcanhar. 22 DE OUTUBRO ─ Preciso arrumar tempo pra fazer uma hidratação no cabelo. Aquela nuvem tóxica de laquê ainda acaba me deixando careca. O pior é que o cabelo não desarma nem lavando. O bom é que posso tomar chuva sem perder a pose, funciona como uma marquise. 23 DE OUTUBRO ─ Avenida Brasil exaltava a nova classe C. Agora, o tema da nova novela é a pacificação das favelas. Nunca antes na história deste país um governo fez tanto pela teledramaturgia. 24 DE OUTUBRO ─ Gente, chá de hortelã ajuda a melhorar a azia. Lembrete: avisar ao cerimonial para levar na próxima viagem a país esquisito. 26 DE OUTUBRO ─ Vou oferecer um ministério para o PSDB se eles prometerem escolher o Serra para a próxima eleição presidencial.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Resposta de uma brasileira à Miruna Genoíno

Embora solidária com seu sofrimento, como uma das cidadãs a quem sua carta é dirigida, não posso me furtar a respondê-la com muita franqueza. Estranho seria se você, que teve um pai amoroso e que vê esse pai ser um avô dedicado e apaixonado por seus netos, não o defendesse. Mas pare e pense: você acredita mesmo que nossa Imprensa odeia o governo Lula apenas porque esse cidadão era um operário? Você realmente acha que todos os membros da Imprensa nacional são aristocratas que odeiam a plebe? Será que você não se lembra da força e da torcida da maior parte da Imprensa pela anistia e do prazer com que ela relatou a volta dos exilados? É à Imprensa, aos seus jornalistas e repórteres, que devemos, em grande parte, a maior parte, aliás, a queda da Ditadura. Se nossos jornalistas não encampassem a luta contra os militares, nós ainda estaríamos sob seu jugo. Ainda há alucinados que gritam Selva! Mas veja você que a grande Imprensa não lhes dá guarida. Seu pai cometeu um grave erro: seguir cegamente uma ideologia e acreditar que o PT seria o partido certo para implantar essa ideologia. E não perceber que estava seguindo dois homens que tinham um interesse apenas: o poder pessoal. A qualquer preço. Você já se perguntou para que eles queriam esse poder? Convive com eles? São homens probos tal qual seu pai? Vivem vida simples e regrada como seu pai e sua família? Eles se dispuseram a inocentar seu pai, confessando, em juízo, que ele foi vítima de um esquema tenebroso? Não lhe passa pela cabeça que seu pai foi muito ingênuo? Sinto muito pelo seu sofrimento. Mas penso que sua carta deveria ser destinada ao Lula e ao José Dirceu. Atenciosamente, Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa

Diário da Dilma: Malandra é a vaca que já nasce malhada para não fazer academia

PUBLICADO NA EDIÇÃO DE OUTUBRO DA REVISTA PIAUÍ
1º de setembro ─ O que posso fazer se a educação pública no Brasil é essa desgraceira sem fim? Professor nenhum me ensinou a diferença entre “por que” e “porque”. Daí vem a imprensa me chamar de burronilda só porque/por que escrevi errado no bilhetinho. Eles acham o quê? Que posso ligar para o professor Antonio Candido toda vez que estiver com dúvida? Da minha caligrafia, nem um pio. Tão caprichadinha, tão esmerada. 2 de setembro ─ Como diria o Zózimo, e esse FHC, hein? Um lobo em pele de tucano. Se fez todo de cavalheiro com aquele charme untuoso dele e agora me dá uma mordida dessas. Ele sabe muito bem que o bobo do Lula sobe nas tamancas toda vez que ele abre a boca. Já disse para o Lula resolver isso na análise. O fato é que quem paga o pato sou eu. Fui obrigada a dar uma resposta, menos mal que não cometi nenhum erro de ortografia. Esse episódio todo é muito triste. Apesar de tudo, aquele raposão do FHC ainda tem o seu encanto. Ele nunca deixou de me chamar de presidenta. Ah, poder, és mesmo solitário. 3 de setembro ─ Pedi para a Ana de Hollanda fazer a primeira coisa útil da gestão dela: convencer o Chico a apoiar o Haddad. O bicho é pesado. Se até eu já ganhei uma eleição em cima do Serra! 4 de setembro ─ Gabrielzinho chegou. Veio passar o feriado com a vovó, veio? Veio passá? Qué bincá? Que pitchuco! E ainda dizem que não pode haver Rousseff fofo. 5 de setembro ─ Vinte minutos a mais de esteira esse mês. Já sinto a cintura mais afilada. Soube que a Cristina K. anda esquiando na Patagônia. Conheço a bisca: quer chegar à reunião da ONU com as pernocas em dia. Nem por nada Dilminha será desbancada. Vou desembarcar em Nova York assim meio etérea, uma sílfide tropical. Estou pensando em tecidos de voile, sempre em tons pastéis. Ousarei deixar os ombros de fora? O vestido da Michelle na convenção não me sai da cabeça. 6 de setembro ─ Cáspite! Chegou a conta de luz. Mamãe não para de usar o microondas, eu tenho exagerado um pouco no secador de cabelo e essa esteira consome mais energia do que a CSN. Malandra é a vaca que já nasce malhada para não fazer academia. Agora, as tarifas são escorchantes mesmo, o que me deixa num dilema terrível. O Lobão é indemitível. 7 de setembro ─ Independência. Sei. Só vou acreditar no dia em que o Lula largar do meu pé, o PMDB parar de pedir cargo e mamãe me der um pouco de espaço vital. Dilminha needs personal space! Tem coisa mais jeca do que esse desfile? Parece uma quermesse. Não é à toa que a Ideli adora, ninguém casa com policial impunemente. E como venta em Brasília, meu Deus! O Kamura despejou duas caçambas de concreto para segurar o meu topete. Não sei como FHC fazia. Ele sempre teve um cabelo bem armado. 8 de setembro ─ “De noite, eu rondo a cidade/ a te procurar, sem te encontrar./ No meio de olhares, espio/ em todos os bares, Dilma, você não está.” Para de pensar nele, não faz bem. O homem está ocupado com a 11ª rodada do petróleo. 9 de setembro ─ Baixei as tarifas dos bancos, os juros do cartão de crédito e a conta de luz. Próximo passo: tirar mamãe do SPC. Quando a carroça anda é que as melancias se ajeitam. 10 de setembro ─ Indiquei o Teori Zavascki para a vaga do Peluso. Achei o nome gozado e o João Santana aprovou; segundo ele, minha única fragilidade é a percepção, injusta, de que não tenho senso de humor. Acontece que até o Álvaro Dias elogiou. Acho que fiz besteira. Até agora, nada de Chico Buarque no horário eleitoral do Haddad. Estou de olho, irmã, estou de olho. 11 de setembro ─ Lá no estrangeiro, há onze anos, dois aviões atacaram as Torres Gêmeas. Aqui, uma moça burlou a segurança para gritar que queria casar comigo. Somos ou não somos um país amável? Tive de nomear a Marta, não teve jeito! O Lula estava me deixando maluca. Além do quê, a Ana teve todas as chances do mundo. Em mais de dois anos de governo, ela não me conseguiu nem um mísero drinque com o irmão. A conclusão a que eu chego disso tudo é que São Paulo gosta mesmo é de um botox. Elegeu a Marta e agora quer o Russomanno… 12 de setembro ─ Que susto levei com o desmaio do Temer em Roma! Só me faltava essa! Depois me explicaram que ele andou mais de uma hora naquele calorão todo sem tirar o paletó. Vaidade, vaidade, teu nome é Michel. Tivesse colocado um chapeuzinho, pelo menos. Mas esconder aquela cabeleira? Nunca. Esse morre, mas não perde a pose. 13 de setembro ─ Recebi a visita do nadador paraolímpico Daniel Dias. Fui firme: ou ele e os coleguinhas se engajam para que as Paraolimpíadas de 2016 não sejam chamadas de “Paralimpíada”, ou cancelo tudo. 14 de setembro ─ Que rebu! A Ideli me acordou logo cedo, parecia que estava tendo uma hemoptise: “Sirigaita! Doidivanas! A rainha não merece! É o fim da monarquia! Blá-blá-blá!” Desde o primeiro dia que ela implica com a Kate. É inveja da silhueta e daqueles calcanhares bem torneados, finos. Eu fiquei com dó. A moça estava com o marido, num castelo tipo o de Caras, só que sem ninguém. Tinha direito à privacidade. Depois, ela é de outra geração e essas coisas são normais. Eu é que preciso me precaver. Convenci mamãe a interrompermos nossos banhos de sol na laje do Palácio. Vai que… 15 de setembro ─ Gente, que fuzuê é esse no Oriente Médio? A Gleisi diz que é tudo por causa de um filme sem graça que satiriza o Maomé. Imagina se o povo brasileiro reagisse assim a cada novo filme do Bruno Mazzeo… 16 de setembro ─ Lancei o Bolsa Medalha para ver se a gente desencanta nos Jogos Olímpicos. A Ideli, que é metida a espirituosa, pediu um Bolsa Chanel para as ministras. 18 de setembro ─ Minha Santa Rita do Coração Perpétuo, nem eu aguento mais Avenida Brasil! Que enrolação! Vou ter que falar com o marido da Gleisi e vamos rever a tal da regulamentação dos meios. Certa estava eu na juventude: “O povo não é bobo, fora Rede Globo!” Como se não bastasse o que fizeram com a Camila na novela das seis. Sei que o sobrenome é Pitanga, mas aquela cor não existe na natureza. Parece uma barra de chocolate amargo. 21 de setembro ─ Tadinho do Zé Dirceu. Mandei um bilhetinho para ele com uma frase que vovó adorava repetir: “Quem se faz de Redentor, sai crucificado.” Mandei em português, não em búlgaro. 22 de setembro ─ Chamei o Patriota e dei um tranco nele. Não quero saber daquele hotel Waldorf Astoria. Um palácio de ácaros! Entro e já começo a espirrar. Além disso, a comida é horrível! O marido de uma amiga minha, que é do mercado, me disse para ficar no St. Regis. É para lá que eu vou. E ainda quero ver se embarco sábado à noite e fujo para tomar um brunch no Balthazar. Delícia, delícia, delícia! 24 de setembro ─ Start spreading the news/ I am leaving today/ I want to be a part of it/ New York, New York!!! Amanhã me puseram no horário da tarde. Divino. Dá tempo de fazer o discurso e chispar para o Barneys. Quero ver uns fascinators e perguntar se eles já receberam o vestido da Michelle. 25 de setembro ─ Fiquei bem naqueles tons outonais. Disse lá as coisas que o Guido me mandou dizer e fui até a Macy’s comprar os presentes de mamãe. É mais barato que o Barneys e ela não percebe a diferença. Para a Ideli, eu levo um xampuzinho aqui do hotel mesmo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

Paixões políticas não me seduzem, fatos reais sim.

Magdala Domingues Costa Essa “gente estranha” que o Sebastião Neri malha diariamente e sempre atribui toda a sorte de indignidades, infortúnios do Brasil, mas em recente crônica, por milagre, reconhece a honestidade, essa “gente estranha” cultua valores muito exóticos, bem distante dos cânones dos “heróis” ilibados, salvadores da pátria, com seus mensalões e táticas de messianismo, que justificam “meter à vontade a mão em matéria fecal” para “fazer justiça social”, governar bem e lançar o Brasil no cenário internacional como sétima economia do mundo etc.
Nada a ver com heróis de armas na mão, cometendo atentados a bomba em aeroportos, assaltando cofres, esmagando crânios, anjos de candura de flores sempre nas mãos, traindo o Brasil, buscando instruções/inspiração no paraíso humanista caribenho, ou no magnânimo Mao Tse Tung, ou ainda na doçura soviética de Stalin, cujas cifras de mortos nunca foram devidamente calculadas. A respeito do educador Paulo Freire, ocorre-me uma lembrança antiga, muuuito antiga. Recebendo recrutas, um tenente recém- saído da AMAN foi servir em Pernambuco e em seguida no Rio Grande do Norte, percorrendo também, por imposição de ofício, rincões muito atrasados. Às vezes teve de recorrer ao lombo de burro…( não dispunha de AeroLula). Pois bem, a primeira surpresa com que se deparou foi a necessidade de ensinar aos jovens recrutados, os rudimentos de como tomar banho e fazer a higiene íntima… Em outra unidade houve problemas com o uso de papel higiênico, acredite. Depois de findo o rolo de papel, os pauzinhos desapareciam… Obviamente foram tempos anteriores ao dom Sebastião de Garanhuns… Poderia citar várias outras situações encontradas, especialmente no nordeste dos nababos Sarney, Magalhães, Collor de Melo, Alves, Calheiros etc., mas fica essa amostra apenas. ### PAÍS DESIGUAL Continuamos um país desigual, e essa condição ainda perdurará por muito tempo, até que nossos garbosos dirigentes aprendam a “não misturar os bolsos” e compreendam que furtar é crime, sobretudo dinheiro público, que significa sentença de morte em hospitais onde faltam leitos e em escolas que ensinam ao “ar livre” por falta de prédios para abrigar os pobres alunos. “Essa gente estranha”, salvo raríssimas exceções, que fogem completamente à regra, aprendem a conhecer verdadeiramente e amar seu país, honrar seus símbolos, cumprir as missões que recebem a despeito das opiniões da “grande imprensa” que costuma ser parcial e leviana, como se sabe, e as provas estão à vista. O período decantado em prosa e verso de tantas atrocidades, foi uma exceção, com tudo de condenável, mas evitou que hoje recebêssemos ajuda humanitária dos EUA (jornais internacionais), nossos heróis esportivos desertassem à primeira oportunidade, a existência de balseros em busca da liberdade e a humilhante situação de receber esmolas de vizinhos (Venezuela). Os “despojados” de ambição hoje no poder se locupletam à vontade, grande parte “misturando os bolsos” e nossos dirigentes tratam-se no “maior hospital da América do Sul”, não precisam de sair do país para recuperar a saúde e nem recorrer ao SUS. A profissão dessa “gente estranha” inclui remoções constantes obrigando-as a adaptações às mais diversas condições sem reclamar. Consideram-se sempre em missão. Não sei se o senhor viu o que aconteceu com o aeroporto de Guarulhos/ São Paulo, “a maior cidade da América do Sul”, cujas obras de reforma entregues ao Exército Brasileiro foram concluídas antes do prazo previsto e devolvidos aos cofres públicos o excedente numerário: 150 milhões. O valor estimado fora de 430 milhões, mas o gasto somou “apenas” 280 milhões… ### “GENTE ESTRANHA” “Essa gente estranha” vive com o que ganha, apesar das distorções bastante conhecidas em seus soldos, comparando-se sua formação com outros magnatas do serviço público (que entram pela janela ou apadrinhamento) que não estão sujeitos a dedicação exclusiva e não são obrigados a ser removidos para qualquer ponto do Brasil, conforme os superiores na escala hierárquica o decidam, sem importar problemas pessoais tais como a educação dos filhos, o emprego da mulher etc. Quem está no topo da hierarquia, até os mais insensíveis, sabem que os cargos que ocupam são temporários, como ocorre no caso citado do General Otavio Medeiros. Não se deslumbram porque seus valores morais estão impressos em sua alma e seu grito de guerra é: Brasil Sempre!! Aplausos para a coragem de Neri ao fazer justiça a quem de direito. Outrossim, vale lembrar, os governos militares poderiam ter enchido os contracheques dos comandados de benesses e penduricalhos – qualquer semelhança com o Congresso Nacional é mera coincidência — mas nem pensaram nisso, assim os chefes da época continuam a viver com os vencimentos corrigidos ao sabor dos governantes, submetidos aos humores do revanchismo. Convenhamos, é uma gente muito estranha e que não sabe mesmo “misturar os bolsos”. Ao contrário de Apeles (muito mal citado pelo douto Lewandowski), não passo das sandálias. Falo sobre o que conheço e paixões políticas não me seduzem, fatos reais sim.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A prótese do PT no Supremo

Guilherme Fiuza Os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli são a prova viva de que a revolução companheira triunfará. Dois advogados medíocres, cultivados à sombra do poder petista para chegar onde chegaram, eles ainda poderão render a Luiz Inácio da Silva o Nobel de Química: possivelmente seja o primeiro caso comprovado de juízes de laboratório. No julgamento do mensalão, a atuação das duas criaturas do PT vem provar, ao vivo, que o Brasil não precisa ter a menor inveja do chavismo.
yugww Batman e Robin? Alguns inocentes chegaram a acreditar que Dias Toffoli se declararia impedido de votar no processo do mensalão, por ter advogado para o PT durante anos a fio. Participar do julgamento seria muita cara de pau, dizia-se nos bastidores. Ora, essa é justamente a especialidade da casa. Como um sujeito que só chegou à corte suprema para obedecer a um partido iria, na hora h, abandonar sua missão fisiológica? A desinibição do companheiro não é pouca. Quando se deu o escândalo do mensalão, Dias Toffoli era nada menos do que subchefe da assessoria jurídica de José Dirceu na Casa Civil. Os empréstimos fictícios e contratos fantasmas pilotados por Marcos Valério, que segundo o processo eram coordenados exatamente da Casa Civil, estavam portanto sob as barbas bolivarianas de Dias Toffoli. O ministro está julgando um processo no qual poderia até ser réu. A desenvoltura da dupla Lewandowski-Toffoli, com seus cochichos em plenário e votos certeiros, como na absolvição ao companheiro condenado João Paulo Cunha, deixariam Hugo Chávez babando de inveja. O ditador democrata da Venezuela nem precisa disso, mas quem não gostaria de ter em casa juízes de estimação? A cena dos dois ministros teleguiados conchavando na corte pela causa petista, como super-heróis partidários debaixo de suas capas pretas, não deixa dúvidas: é a dupla Batman e Robin do fisiologismo. Santa desfaçatez. Já que o aparelhamento das instituições é inevitável, e que um dia seremos todos julgados por juízes de estrelinha na lapela, será que não dava para o estado-maior petista dar uma caprichada na escolha dos interventores? Seria coincidência, ou esses funcionários da revolução têm como pré-requisito a mediocridade? NADA DE CONCURSOS Como se sabe, antes da varinha de condão de Dirceu, Dias Toffoli tentou ser juiz duas vezes em São Paulo e foi reprovado em ambas. Aí sua veia revolucionária foi descoberta e ele não precisou mais entrar em concursos – essa instituição pequeno-burguesa que só serve para atrasar os visionários. Graças ao petismo, Toffoli foi ser procurador no Amapá, e depois de advogar em campanhas eleitorais do partido alçou voo à Advocacia-Geral da União – porque lealdade não tem preço e o Estado são eles. É claro que uma carreira brilhante dessas tinha que acabar no Supremo Tribunal Federal. O advogado Lewandowski vivia de empregos na máquina municipal de São Bernardo do Campo. Aqui, um parêntese: está provado que as máquinas administrativas loteadas politicamente têm o poder de transformar militantes medíocres em grandes personalidades nacionais – como comprova a carreira igualmente impressionante de Dilma Rousseff. Lewandowski virou juiz com uma mãozinha do doutor Márcio Thomaz Bastos, ex-advogado de Carlinhos Cachoeira, que enxergou o potencial do amigo da família de Marisa Letícia, esposa do bacharel Luiz Inácio. Desembargador obscuro, sem nenhum acórdão digno de citação em processos relevantes, Lewandowski reuniu portanto as credenciais exatas para ocupar uma cadeira na mais alta esfera da Justiça brasileira. Suas diversas manobras para tumultuar o julgamento do mensalão enchem de orgulho seus padrinhos. A estratégia de fuzilar o cachorro morto Marcos Valério, para depois parecer independente ao inocentar o mensaleiro João Paulo, certamente passará à antologia do Supremo – como um marco da nova Justiça com prótese partidária. O julgamento prossegue, e os juízes do PT no STF sabem que o que está em jogo é a integridade (sic) do esquema de revezamento Lula-Dilma no Planalto. Dependendo da quantidade de cabeças cortadas, a platéia pode começar a sentir o cheiro dos subterrâneos da hegemonia petista. Batman e Robin darão o melhor de si. Olho neles. (Transcrito da revista Época)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O aluno reprovado Toffoli tentou dar aula ao professor emérito Luiz Fux

Carlos Newton Foi uma aula de direito às avessas. Todo enrolado, sem saber o que dizer, fazendo pausas intermináveis, o ministro Dias Toffoli deu um voto destinado a ficar na História, mas às avessas, para que os alunos de Direito assistam diversas vezes e aprendam como não se deve proceder ao ocupar uma caderia na mais alta corte de Justiça.
Toffoli, a ignorância envaidecida Ficou mal para ele e pior ainda para quem o conduziu até essa investidura. Sua nomeação para o Supremo mostra que, em seu permanente delírio de grandeza, Lula acabou perdendo a noção das coisas. Fez um bom governo, foi o primeiro operário a chegar à presidência da República de um país realmente importante, pelo voto poder, tornou-se uma importante personalidade mundial, mas o sucesso lhe subiu à cabeça, começou a fazer bobagens, uma após a outra. Lula poderia ficar na História como um dos mais destacados líderes da Humanidade, mas não tem a humildade de um Nelson Mandela nem o brilho de um Martim Luther King. Suas tiradas acabam soando em falso e os erros cometidos vão se avolumando. Dias Toffoli foi um dos maiores equívocos cometidos pelo então presidente, que sempre se orgulhou de jamais ter lido um só livro. Desprezando o sábio preceito constitucional que exige notório saber jurídico, Lula nomeou para o Supremo um advogado de poucos livros, que por duas vezes já tinha sido reprovado em concursos para juiz. O resultado se viu no julgamento de segunda-feira. Todo atrapalhado, Toffoli não sabia quando estava lendo alguma citação ou falando por si próprio. O mal estar no plenário foi num crescendo. Os outros ministros já não aguentavam mais tamanha incompetência. Toffoli não se comportava como um magistrado, que necessariamente tem de examinar os argumentos de ambas as partes. Limitava-se a citar as razões dos advogados de defesa dos réus, sem abordar nenhuma das justificativas da Procuradoria Geral da República ou do relator. Ainda não satisfeito com essas demonstrações de inaptidão e de parcialidade, Dias Toffoli resolveu inovar. De repente, para justificar seu papel grotesco, proclamou que a defesa não precisa provar nada, quem tem de apresentar provas é a acusação. Fez essa afirmação absurda e olhou em volta, para os demais ministros, cheio de orgulho, como se tivesse descoberto a pólvora em versão jurídica. Os demais ministros se entreolharam, estupefactos, e Luiz Fux não se conteve. Pediu a palavra e interpelou Toffoli, que repetiu a burrice, dizendo que não cabe à defesa apresentar provas, isso é problema da acusação. Infelizmente, a TV não mostrou a risada de Fux, considerado um dos maiores especialistas em Processo Civil, um professor emérito e realmente de notório saber. Até os contínuos do Supremo sabem que as provas devem ser apresentadas tanto pela defesa quanto pela acusação, mas na faculdade Toffoli não conseguiu aprender nem mesmo esta simples lição. É um rábula fantasiado de ministro, uma figura patética. (http://www.tribunadaimprensa.com.br/)

domingo, 26 de agosto de 2012

Elizabeth II: a beleza do correr dos anos sem artifícios

Diário da Dilma: Cavalo-marinho não puxa carroça

PUBLICADO NA EDIÇÃO DE AGOSTO DA REVISTA PIAUÍ
1º DE JULHO ─ Mamãe trouxe uns chips mexicanos para eu petiscar e fiquei zapeando a tevê. De repente, me apareceu o Lacombe de camisa regata. Aquilo me deu um tsunami de sentimentos que nem sei. Quando dei por mim, estava soltando a voz: “Feito louca, alucinada e criança/ Sentindo o meu amor se derramando/ Não dá mais pra segurar, explode coração…” No dó de peito, o que explodiu mesmo foram as vidraças. Já estava com o João Santana na linha, atrás de uma desculpa, quando me disseram que foi um avião da FAB. 2 DE JULHO ─Tentei marcar um teatro com a Gleisi, mas meu celular passou a manhã sem sinal. O lado bom é que o Lula não consegue me ligar. 4 DE JULHO ─ Era o que me faltava: agora o Lula vai dizer que a conquista do Corinthians só foi possível graças ao governo dele. Ainda bem que meu celular continua sem sinal. Impressionante: ninguém consegue me explicar esse tal bóson de Higgs; ninguém consegue me explicar o que acontece na Síria! Bando de ignorantes… 5 DE JULHO ─ Que ódio! Não bastava ter que me despencar para São Bernardo. Quando chego lá, Marisa Letícia está com uma roupa quase igual. Achei melhor fazer cara de paisagem e não passei pito em ninguém. Malandro é o cavalo-marinho que se fingiu de peixe para não puxar carroça. 6 DE JULHO ─ Fui inaugurar 460 apartamentos do Minha Casa Minha Vida no Rio e veio uma estudantada me vaiar. Esse pessoal não tem maturidade: o Rio virou patrimônio paisagístico da humanidade, vai sediar Copa do Mundo e Olimpíadas, isso sem falar do Seedorf no Botafogo. No Botafogo! E essa gente vem pedir 10% do pib para a educação. Tenha dó! Cruzei com o Lobão pelos corredores. Com aquela voz aveludada, o Moreno perguntou: “Recebeu meu telefonema, presidenta?” Ué, não recebi nada. Pedi para a Gleisi descobrir quem eu tenho de demitir. O Lula passou o dia atrás de mim. Queria saber se dava para incluir o bóson de Higgs no pac. Ficou decepcionadíssimo quando eu tentei explicar que não… 7 DE JULHO ─ Só eu achei esse Lugo charmoso? A Ideli e a Gleisi não acham. A verdade é que adoro a aura romântica dos injustiçados políticos. Na minha mocidade, tinha uma queda pelo Jango, confesso. Essa Nina é o Marcos Uchôa da teledramaturgia: fala vários idiomas e está em todos os lugares ao mesmo tempo! Danadinha! 8 DE JULHO ─ Alguém entende essas colunas que o Caetano Veloso escreve no Globo? Parece que o homem liga o iPod shuffle antes de escrever. Agora gema de ovo ajuda a regular a tiroide. Todo ano muda isso. Ovo faz bem, ovo faz mal. Vou cortar as bolsas de pesquisa desses cientistas. Sobre isso, a cut não se posiciona. 9 DE JULHO ─ Quando achei que ia retomar minha agenda, eis que o Patriota vem me dizer que tenho um encontro com o presidente da República Dominicana. República Dominicana! Francamente. 10 DE JULHO ─ Quando algum banco reduz a projeção do PIB, fico sabendo no minuto seguinte; quando o Lula faz trapalhada, o telefone começa a tocar na mesma hora; e é só abrir um carguinho federal lá em Palmas para o Temer me aparecer no gabinete. Agora, para avisar que o Tom Cruise está solteiro, ninguém toma iniciativa! A Ideli ficou toda assanhada: a mulher perdeu o senso de noção. Sinto um aperto no peito quando aparece o José de Abreu na novela. O retrato da nova classe média está feito com dignidade. Mas colocaram o comunista no lixão, com aquela barba maltrapilha, maltratando criancinhas. Haja clichê! 11 DE JULHO ─ O Lobão foi à Argentina e fez graça pra Cris. Tirou uma foto com ela e trouxe pra me mostrar. Fiquei na minha. O Moreno tem o seu charme e adora seduzir. Eu disse que a Cris estava bem. Contei pra Gracinha, que depois me ligou com voz de Gal Costa cantando “O seu Moreno fez bobagem…”. Bati o telefone na cara dela! 12 DE JULHO ─ “Não importa o tamanho do PIB, mas como tratamos as criancinhas.” A Marta Suplicy veio com essa ideia. Achei ótima! Demóstenes saiu pela porta dos fundos. Pedi a Ideli que fizesse um levantamento para saber se ainda tem alguém na oposição. João Santana vetou o slogan da Marta. Deve ter suas razões. Confio cegamente nesse homem. 13 DE JULHO ─ “Um Pibinho vale por um bifinho!” Dilminha sabe tudo! Vou pedir para o João Santana desenvolver a ideia. Estou por aqui de jornalista falando em Pibinho! Já dei uns gritos com o Mantega pra ver se ele me arruma uma notícia boa. A língua dele fica ainda mais presa e ele não consegue dizer nada… 14 DE JULHO ─ Tenho analisado minhas fotos. Acho que estou muito bem, a única coisa que me incomoda são os dentes da frente. Queria colocar um aparelho para fechar um pouco o espaço entre eles, tirar aquele biquinho. 15 DE JULHO ─ Gente, que babado soltou essa Rosane Collor! Será que ela conhece uma mandinga para aumentar o PIB? Se for necessário, faço ritual de magia negra aqui mesmo no Alvorada. Liguei para a Anatel para reclamar da cobertura. O presidente disse que “Vai estar resolvendo meu problema em até dez dias ú…”. A ligação caiu. 16 DE JULHO ─ Temer soltou essa: “Reeleição de Dilma não é conceito pleno.” Perdeu a noção do perigo? Vou consultar o Sarney para saber se posso demitir vice-presidentes. O homem sabe tudo sobre o regimento interno da Casa. Já era hora de alguém assumir essa causa: “Tenho celulite, mas tenho caráter!”, disse a Preta Gil! Somos duas, amiga. 17 DE JULHO ─ Serginho Cabral veio me dizer que está pensando em deixar o governo em 2013. Ué? Achei que ele já tinha deixado o cargo há muito tempo. Gente, não para de chegar pedido para tirar foto para santinho, aparecer em palanque. Essa gente não trabalha? Estou pensando seriamente em entrar em greve. Se os servidores podem, eu também posso. 18 DE JULHO ─ Chegou meu helicóptero novinho! 19 DE JULHO ─ Quero o telefone de uma mulher de São Paulo que faz um trabalho chamado constelação. É uma coisa bem espiritual para desanuviar as relações familiares. Mamãe e titia estão precisando. Me encheu os pacová de vez! Meu iPad tem 3G que nunca, nunca funciona direito. Fico louca da vida! Aí lasquei um corretivo nessas operadoras. Ninguém vende mais chip até meu iPad funcionar direito! 21 de Julho ─ Tô adorando o programa do Bial. Ele tem molho mesmo! O da Fátima vejo picado, mas acho que ainda não engrenou… 22 DE JULHO ─ Quero um avião igual ao do Obama! Ai, meu Deus, de comunista virei consumista. 23 DE JULHO ─ Já estou com a cabeça em Londres! Adoro abertura de Olimpíada, acho uma beleza! Vou aproveitar para matar a vontade de usar um fascinator. Ideli, que é jeca, não sabe o que é. Tive de explicar: “Aquele chapeuzinho de banda que ainda não chegou a Santa Catarina.” Só não sei se fica bem com cabelo curto, mas acho tão lindo. No encontro com a rainha vai ficar de um chic. Será que a Kate vai? 25 DE JULHO ─ O Banderas está se separando da Melanie Griffith! Que coisa! Ele sempre segurou a barra dela, que se viciava até em jujuba. É uma pena que ele seja muito baixinho pra mim. Ando tão assanhada. Só me falta virar periguete. 26 DE JULHO ─ Visitei os estúdio da TV Record aqui em Londres e topei com o bispo Macedo. O homem tem o dom da persuasão. Em cinco minutos, quase larguei o comunismo